Quando não podemos corrigir alguma coisa, o melhor a fazer é saber suportá-la.Sêneca

Porque corrigir um impresso?

Correção - Branquinho

Hoje vou falar sobre algumas soluções que podem ser feitas para corrigir um impresso. Estamos falando obviamente de impressos offset.

Vocês devem se lembrar de quando estávamos na escola e usavamos aquele branquinho para corrigir uma coisa que estava escrita errada, certo? Hoje em dia as coisas evoluiram e tem corretivo até em forma de fita. Eu sinceramente não gosto muito, acho que fica meio grosseiro, mas tem gente que usa bastante isso.

Na nossa casa, muitas vezes temos que fazer algum remendo para corrigir alguma coisa. Imagine que você precisou estourar a parede por conta de um cano que estava vazando. Depois que terminar de concertar a parede, vai ter que pintar, mas você acabou de pintar o cômodo e não quer gastar dinheiro comprando uma lata grande. Então você decide fazer uma faixa na parede, só para encobrir aquele erro.

Erros acontecem

Correção - Erros acontecem

Então concertar, remendar é uma coisa que nós estamos acostumados a fazer. A questão é: você está disposto a fazer um remendo? Ou pegando na área gráfica: o cliente está disposto a aceitar um remendo?

Essa correção pode ser a salvação da lavoura (ou do trabalho, se você preferir). Em alguns casos ela acaba sendo solicitada pelo próprio cliente, em outras pelas agências ou às vezes é uma solução que a gráfica oferece para concertar algo que escapou.

Vamos a alguns exemplos: imagine que o cliente está fazendo um folder para sua equipe de vendas começar a trabalhar. O cliente solicitou uma alteração na linha de telefone e está esperando o número novo. Ele já está pensando em usar o folheto o quanto der, e após chegar o número novo, colocar uma etiqueta com a alteração do telefone.

Outra hipótese é a de que aconteceu um erro mesmo, a agência errou, ou a gráfica errou. Às vezes o erro passou batido até mesmo pelo próprio cliente e o impressor só foi perceber quando estava terminando de rodar o material.

Outra hipótese: o erro aconteceu, mas o cliente só foi perceber quando recebeu o material nas mãos.

Soluções

Correções - Soluções

Então, quais são as hipóteses para concertar sem ter que re-imprimir?

Hipótese 1

A arte já está na gráfica, em processo de produção e vem a notícia que o telefone novo chegou. O cliente liga para a gráfica (ou para agência, que faz a intermediação) e pergunta se ainda dá tempo de trocar.

Em alguns casos, o material começou a rodar, então perde-se algumas folhas, troca-se a chapa (às vezes uma única cor, por exemplo o endereço foi escrito em preto) e continua-se a rodar o material, sem problemas. O cliente talvez tenha que pagar uma taxa, referente ao valor da chapa e o valor do papel perdido. Se o material ainda não começou a imprimir, paga-se apenas a chapa (ou chapas, dependendo do caso).

Hipótese 2

Voltemos ao nosso exemplo do telefone errado, só que o material já rodou. Quais as soluções? Em alguns casos, se a arte tiver espaço, como numa pasta por exemplo, pode-se fazer uma nova chapa, com o endereço correto e com uma faixa preta destinada a encobrir o endereço errado. Assim o material volta para a máquina, apenas para imprimir essa correção. Essa solução funciona apenas quando o fundo é branco ou bem claro.

Hipótese 3

O material já rodou, mas o fundo é escuro. Pense em um degradê, cor chapada etc. Detalhe: não existe tinta branca, o branco é sempre do papel. Nesse caso, temos três soluções:

  • colocar uma etiqueta
  • fazer uma chapa com o endereço novo e imprimir em prata (o prata é uma tinta que demora para secar e dizemos que ela fica “boiando” em cima das outras cores. Nesse caso, o prata substitui a cor branca. Em alguns casos, poderíamos até mesmo imprimir uma tarja preta (para esconder o endereço antigo, vazado por exemplo) e o prata em cima.
  • pode-se imprimir em silk (aí sim, temos tinta branca), mas nem sempre é uma solução indicada, já que o silk não tem tanta qualidade, principalmente com letras pequenas, que podem ficar com um aspecto meio serrilhado.

Hipótese 4

O material já rodou, mas ele já foi refilado, envernizado, laminado, plastificado ou já passou pela máquina de corte e vinco. Aqui não tem muito o que fazer, existem apenas duas soluções: rodar o material de novo ou colocar uma etiqueta.

Hipótese 5

O material rodou e o cliente não vai aceitar o material errado. Contudo, dependendo do material, você ainda pode negociar com o cliente para um uso interno. Exemplo: uma vez um advogado fez um monte de papel timbrado, que ele usava para digitar os processos dos clientes. Mas devido a um erro, o impresso acabou saindo com uma informação errada e tivemos que rodar tudo de novo. No caso, meu chefe conversou com o cliente, perguntando se ele não aceitaria aqueles impressos por um valor x (que seria o preço de custo), para ele usar internamente. O cliente acabou aceitando.

Outro exemplo: imagine uma loja que quando o cliente vai até ela recebe um contrato na pasta da empresa, mas a pasta rodou sem telefone. O material vai ter que rodar de novo, mas o cliente poderia ficar com essas pastas sem telefone, para utilizar para trafego interno da empresa ou até mesmo como quebra-galho no futuro quando ele for fazer novas pastas e as que ele tem tiverem acabado.

Em todo caso, vale lembrar que é importante deixar o cliente ciente da situação. Quando o erro é do cliente, muitas vezes ele mesmo busca uma solução para baratear o custo.

Comentários:

Comentários:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também:

Como fazer código de barras Base 39

Como fazer código de barras Base 39

Data: 22 de agosto de 2018

Se você está precisando fazer código de barras Base 39, seja para comandas ou mesmo para algum controle interno, a implementação é muito simples. Está sem tempo? Vá para a parte do artigo “Como implementar”, logo abaixo. Se você está com um tempinho sobrando, talvez queira se divertir um pouco às minhas custas, vendo como...